O colágeno é talvez a proteína mais desejada do mundo, em parte devido à disseminação de informações verdadeiras e falsas sobre ele. Embora seja uma proteína crucial para a saúde, é importante esclarecer alguns pontos sobre suas funções e mitos.
Primeiramente, o colágeno não é uma única proteína, mas sim um grupo de proteínas com diversas funções no corpo. Uma crença comum é que o colágeno dá elasticidade à pele, mas na verdade, ele é uma proteína estrutural. Existem tipos de colágeno com maior elasticidade que outros, porém, todos são relativamente firmes.
Outro mito difundido é que ao ingerir colágeno, seu corpo usará essa proteína diretamente. Na realidade, nenhuma proteína é absorvida pelo corpo em sua forma original. O colágeno ingerido é hidrolisado e decomposto em aminoácidos pelos processos digestivos. Esses aminoácidos, então, podem ser utilizados para diversas funções, dependendo das necessidades específicas e da sinalização genética e ambiental.
O processo de converter aminoácidos em novas proteínas é complexo e depende da sinalização do ambiente celular e da carga genética. Ou seja, não é garantido que os aminoácidos do colágeno ingerido sejam convertidos novamente em colágeno no corpo.
Além dos mal-entendidos sobre a ingestão de colágeno, também há questões sobre os bioestimuladores de colágeno. Estes agentes realmente estimulam a produção de colágeno através de um trauma tecidual, seja mecânico ou por resposta a um corpo estranho. No entanto, a presença de colágeno nem sempre é benéfica; em algumas condições patológicas, o aumento de colágeno pode ser prejudicial.
Portanto, é fundamental que os profissionais que trabalham com bioestimulação compreendam os mecanismos subjacentes, em vez de confiar apenas nas propagandas. Entender esses processos é essencial para realizar tratamentos clínicos eficazes e seguros para os pacientes.